Dia dos Namorados, nesta data comemora-se o Amor.
E, como definir este sentimento?
AMOR é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que se desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar.
Etimologicamente, o termo AMOR surgiu a partir do latim “amore”, palavra que tinha justamente o mesmo significado que atualmente: sentimento de afeição, paixão e grande desejo.
Para Camões, “é um fogo que arde sem ver…. é um não querer mais que bem querer”.
Para Drummond, no poema As Cem Razões do Amor, “amor é dado de graça, é semeado no vento…Foge a dicionários e regulamentos vários”
Seja qual for sua definição preferida, é incontestável que ele, o AMOR, se apresenta de diversas maneiras e é vivido de modos particulares. O mais importante é amar e sentir-se amado. Para tal, precisamos, estar prontos para renúncias, adaptações, mudanças e, principalmente, estar aberto às necessidades do outro. Incluir alguém em sua vida, significa uma constante disposição para rever conceitos e dialogar.
Em tempos difíceis o AMOR entra em cena para dar sentido aquilo que nos amedronta, que nos deixa vulneráveis. Diante de uma doença grave, diante de uma pandemia como a que estamos vivendo, neste atual momento, o amor se torna a mola propulsora de toda a transformação necessária e urgente que precisamos fazer.
Esse FAZER talvez seja a palavra de ordem neste momento. Segundo Erich From, psicanalista, filósofo e sociólogo alemão, “o amor é uma atividade, e não um afeto passivo: é um “erguimento” e não uma “queda” … consiste, antes de tudo em dar, e não em receber”.
São em pequenos movimentos, intenções e ações voltadas para a construção de espaços de compartilhamentos que encontramos a possibilidade de encontrarmos conforto e coragem para enfrentarmos nossos medos. Preparar um chá, acompanhar alguém no momento de receber um diagnóstico de uma doença grave, conversar, rir, dançar, cantar, ler…. Enfim tudo isso é AMOR e, serve para alimentar a esperança e a alegria em tempos difíceis.
Em novembro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde divulgou estudo que conclui que o envolvimento com arte – dançar, cantar, ir a museus, teatro, cinema, ler poesia, literatura… – é benéfico para a saúde mental e física. E, sendo assim, para o AMOR. Seguindo este espírito, na Inglaterra, há dois anos, Deborah Alma, vende livros cheios de versos em sua Farmácia de Poesia. Nesta, prescreve poesia a todos os tipos de males da alma, alimentando o amor, alimentando a esperança, alimentando a alegria, confortando as dores. Para ela, “mais do que qualquer outra arte, a poesia fala diretamente como se fosse de uma pessoa para outra. É íntima e empática”.
Portanto, seguindo as orientações da OMS e, se inspirando na iniciativa de Deborah Alma, em sua Farmácia de Poesia, convido a todos que estão lendo esse texto a celebrarem o Amor no próximo dia 12 de junho. Não só com seus parceiros mas de forma coletiva, mesmo em tempos de distanciamento social. Envie mensagens de amor, escute músicas de amor, faça comidinhas com amor, leia poemas de amor…
Prescreva AMOR…
Adriana Paes/CRP 9093
Psicóloga/Mestre em Educação
Referências:
https://conexaoplaneta.com.br/blog/farmacia-de-poesia-em-uma-livraria-muito-charmosa-poeta-prescreve-versos-para-curar-seus-pacientes/
http://www.oncoguia.org.br/